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Brasil é o 6º país com mais casos de diabetes no mundo: farmacêuticos ganham protagonismo no combate à doença

Dados recentes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), divulgados no Atlas Global 2025, apontam que mais de 589 milhões de adultos vivem com diabetes no mundo. O Brasil aparece na 6ª posição, com 16,6 milhões de pessoas afetadas. Desde 2021, houve um crescimento de 5,7% nos casos, e os gastos com a condição já ultrapassam US$ 45 bilhões por ano no país.

Nesse cenário, o papel do farmacêutico torna-se ainda mais essencial — desde a prevenção até o acompanhamento de pacientes.


Prevenção começa na orientação

Em um contexto onde o diabetes gestacional afeta cerca de 11% das gestações brasileiras, o farmacêutico tem um papel crucial. Através da educação em saúde, ele orienta pacientes sobre alimentação, exercícios físicos e uso correto dos medicamentos. Além disso, participa ativamente em campanhas de prevenção ao diabetes tipo 2, sobretudo em comunidades com pouco acesso à saúde.

A importância do diagnóstico precoce

O subdiagnóstico ainda é um grande desafio. Por isso, o atendimento direto em farmácias permite que farmacêuticos realizem triagens de glicemia, contribuindo para identificar pacientes assintomáticos e encaminhá-los ao tratamento adequado. A ação é vital para evitar complicações graves, como cegueira, amputações e doenças cardiovasculares, que resultam em mais de 100 mil mortes por ano no Brasil.


Acompanhamento terapêutico e adesão ao tratamento

No caso do diabetes tipo 1, que exige o uso de insulina, o farmacêutico orienta sobre técnicas de aplicação e o manuseio adequado. Já para quem tem diabetes tipo 2, ele ajuda na adesão correta aos medicamentos, evitando interações perigosas e reforçando o tratamento contínuo — fundamental para evitar internações e custos elevados ao sistema de saúde.


Controle das complicações e redução de gastos

O Brasil é o terceiro país do mundo que mais gasta com diabetes, e isso evidencia a necessidade de cuidados contínuos. O acompanhamento feito por farmacêuticos, monitorando indicadores como pressão arterial e hemoglobina glicada, contribui para evitar complicações sérias — como problemas oculares e lesões nos pés, que podem levar à amputação.


Um cuidado que vai além do balcão

O farmacêutico atua em equipe multidisciplinar, ao lado de médicos, nutricionistas e outros profissionais. Seja no suporte à gestação com diabetes, seja no auxílio a planos de emagrecimento, sua atuação é decisiva para resultados mais eficazes e seguros.


Valorização que salva vidas

Os números da IDF são um alerta. E a resposta está em valorizar quem está na linha de frente. Com conhecimento técnico e proximidade com a população, o farmacêutico é peça estratégica no controle dessa epidemia silenciosa.

Como afirmou Walter Jorge João, presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF):

“Cada paciente orientado, cada complicação evitada, reforça o quanto o farmacêutico é vital na cadeia de cuidado. Somos ponte entre o diagnóstico e a qualidade de vida.”

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